terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Sim ou Não? Cotas Raciais, apenas uma das visões.

Posted: 27 Apr 2012 11:56 AM PDT
A decisão unânime do STF em favor das cota raciais no ensino superior confirma, infelizmente, a tradição brasileira de dar soluções aparentemente simples e populares a questões complexas e difíceis, como são as da má qualidade e inequidade no acesso à educação no Brasil. Decisões do STF são para ser acatadas, claro, mas ninguém fica obrigado a concordar com elas. Escrevi um texto em 2008 aonde mostro como esta política de cotas é, no mínimo inóqua e potencialmente prejudicial, que está disponível aqui., e acho que continua válido.
Um argumento curioso que se ouve com frequencia a favor das cotas é que o desempenho dos alunos que entram nas universidades por este sistema tende a ser igual ou melhor do que dos que entram pelos procedimentos normais. É curioso porque, se eles têm realmente melhor desempenho, não precisariam das cotas para ser admitidos. Se eles têm pior desempenho nos vestbulares ou no ENEM mas têm melhor desempenho nos cursos, isto indica que existem sérios problemas no ENEM e nos exames vestibulares, que precisariam ser corrigidos. Problemas deste tipo certamente existem, mas não há evidência de eles consistam em discriminar sistematicamente contra pessoas de pele escura. Para entender melhor o que está ocorrendo seria preciso observar se a baixa correlaçao entre resultados dos exames de ingresso e desempenho se dá igualmente em todos os níveis ou somente nos cursos de níveis de exigência mais baixo.
Hoje o jornal O Globo publica uma pequena entrevista minha sobre o assunto, que tanscrevo abaixo.
A cota cria situações de pessoas que se sentem discriminadas’
O Globo – 27/04/2012
SIMON SCHWARTZMAN - O sociólogo e presidente do Conselho do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), Simon Schwartzman, diz ser contra a adoção de cotas raciais em universidades. Na opinião dele, elas acabam gerando mais discriminação.
O GLOBO: Por que o senhor é contra as cotas nas universidades ?
SIMON SCHWARTZMAN: Não acho que cotas sejam uma coisa boa em geral. Considero correta a ideia de uma política de ação afirmativa que dê atendimento especial para pessoas em situação de carência. O que não acho correto é diferenciar as pessoas pela cor da pele ou pela raça.
Que medidas seriam mais adequadas que as cotas?
SCHWARTZMAN: Mais adequado seria melhorar a educação para as pessoas poderem chegar à universidade e não precisarem desse tipo de ajuda. Na falta disso, poderiam ser criados cursos que preparassem melhor para as universidades, e poderiam dar ajuda financeira para quem não tem recursos, de modo a permitir que as pessoas continuem estudando. Simplesmente criar cota e colocar a pessoa na universidade sem esse tipo de apoio, não significa que ela aproveitará. Vai ter aquela situação de o “fulano é cotista”, ou o “fulano não é cotista”. Vai criar discriminação.
Por que o senhor acha que a discriminação pode aumentar com as cotas?
SCHWARTZMAN: Quando você cria uma situação em que você divide as pessoas entre cotistas e não cotistas, você está dividindo a população e tem gente que diz “ah, o fulano entrou pela janela”. As pessoas começam a se olhar se estranhando.
Cria situações de pessoas que sesentem discriminadas, que tiveram desempenho melhor nas provas e não conseguiram entrar na universidade, como aconteceu em uma das ações em avaliação pelo STF.
Há quem diga que as cotas são uma forma de reparar um problema histórico, desde a escravidão. Como o senhor vê isso?
SCHWARTZMAN: Temos um presente extremamente complicado, com pobreza, pessoas que não completam o ensino médio ou que completam e não sabem quase nada. Parte dessas pessoas é negra, parte é branca. Temos que lidar com o problema da má qualidade de educação. Se tivéssemos uma educação de melhor qualidade, esse problema não se colocaria.
O senhor acha mais provável que o cotista abandone o curso?
SCHWARTZMAN: Pode ficar difícil para ele acompanhar, porque supõe-se que são pessoas que não têm condições de entrar pelo processo tradicional. Ou você não deixa entrar ou você deixa e dá apoio.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

História do Brasil - Primeiro Reinado, Período Regencial e Segundo Reinado

  • Primeiro Reinando:  no início do Primeiro Reinado, a primeira grande tarefa de D. Pedro I foi consolidar a independência no país, pois a nova situação política (separação de Portugal) não fora prontamente aceita em todo o território...
  • Período Regencial: D. Pedro I abdicou do trono em favor de seu filho Pedro de Alcântara, que tinha apenas 5 anos de idade. A constituição do império estabelecia que o Brasil seria governado por três regentes, eleitos pelo legislativo, enquando Pedro de Alcântara não atingisse a maioridade (idade de 18 anos)...
  • Segundo Reinado: Com a antecipação da maioridade do príncipe Pedro de Alcântara, em 1840, iniciou-se o Segundo Reinado, que se estendeu até 1889...
 
 
 
 
 
 

Revolução Industrial

A partir de 1750, desenvolveu-se na Europa um processo de grandes transformações socioeconômicas conhecido como Revolução Industrial. Esse conjunto de transformações influenciou profundamente a vida de milhões de pessoas em quase todas as regiões do planeta.


http://www.slideshare.net/AnaCarolinaMartins3/revindustrial-15144338

Roma Antiga

Na Antiguidade, a Itália era dividida em várias regiões, habitadas por diferentes povos.
Em uma dessas regiões fundou-se Roma, a cidade que expandiria seus domínios, construindo um vasto império, e controlaria o mundo antigo....

Segue abaixo o link para estudos sobre Roma Antiga...
 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

História do Brasil por Boris Fausto

Brasil Colônia
 

 
Brasil Império
 
 
República Velha
 
 
Era Vargas
 
 
Período Democrático
 
 
Regime Militar
 
 
Redemocratização
 
 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Grécia Antiga - Parte II : Pólis Gregas


Esparta

Situava-se na península Peloponeso, na região da Lacônia, e foi fundada pelos dórios. A principal atividade econômica era a agricultura. As propriedades melhores pertenciam ao Estado. Os dórios eram um povo guerreiro, que, tendo como objetivo a conquista das terras férteis dos povos da região, se tornaram militaristas, lutando com os povos locais, vencendo-os e escravizando-os. A educação espartana era rígida com o objetivo de formar grandes soldados. O Estado tinha a preponderância pela família e o indivíduo.
·         Espartaciatas – cidadãos descendentes dos dórios. Deviam, durante toda a vida, ser soldados de Esparta. Eram proibidos de exercer o comércio.
·         Periecos – antigos habitantes de Lacônia que não resistiram aos dórios. Dedicavam-se ao comércio e ao artesanato. Eram homens livres, mas sem direitos políticos. Serviam ao exército em caso de grande necessidade.
·         Hilotas – aqueles que enfrentaram os dórios, portanto, vencidos, tornaram-se escravos. Eram servos presos à terra. Do seu trabalho agrícola é que provinha o sustento dos esparciatas. Eram desprezados e perseguidos pelos seus senhores.

Os esparciatas faziam leis, executavam-se e administravam a cidade. Sendo um governo de minoria, era chamado de governo que tem a participação de apenas um grupo, que exclui e domina os demais.

 
Atenas

Os jônios fundaram a cidade de Atenas, situada no centro da planície da Ática, próxima do litoral. O centro primitivo da cidade localizava-se numa colina alta, a acrópole, sendo, assim, uma proteção natural contra ataques.
Devido aos solos pouco férteis da região, os atenienses logo compreenderam a necessidade do litoral, passaram a dominar grande parte do comércio marítimo feito pelo Mediterrâneo.
Os jônios, quando chegaram à Ática, integraram-se bem com os povos locais, por isso, a sociedade ateniense sempre foi mais variada e menos rígida que a sociedade espartana.

Evolução Política de Atenas

No período da Monarquia (até meados do século VIII a.C.), Atenas era governada por um rei (Basileu) que acumulava as funções de sacerdote, juiz e chefe militar.
No século VII a.C., Atenas torna-se oligárquica, pois somente os eupátridas podiam participar do Areópago (tribunal) e administrar a cidade. No entanto, tempos depois, os demiurgos enriquecidos pelo comércio e os thetas começaram a pressionar os eupátridas e exigir mudanças na política. Os eupátridas cederam e criaram leis para beneficiar as classes sociais atenienses.
 
Democracia  Ateniense (510-50 a.C.)

Clístenes assumiu o poder em Atenas para aprofundar as reformas sociais e introduzir o regime democrático na cidade. O princípio básico da democracia: todos os cidadãos têm o mesmo direito perante as leis (isonomia).
Democracia é entendida como governo do povo, mas em Atenas só beneficiava a minoria (os eupátridas).
Cerca de 90% da população (os escravos, os estrangeiros, as mulheres e as crianças) não tinham direitos políticos.
No século V a.C., Atenas atingiu o seu apogeu sob a liderança de Péricles, que aperfeiçoou a democracia, conferindo à assembleia dos cidadãos (Eclésia) poderes para deliberar sobre os problemas políticos.
A democracia foi uma fabulosa herança deixada pelos atenienses ao mundo, possibilitando a atuação do povo na política.
Com o regime democrático, a sociedade passou a se apresentar da seguinte forma.
·         Cidadãos – homens nascidos em Atenas, independentes de sua condição social ou renda;
·         Metecos – estrangeiros livres, sem direitos políticos;
·         Escravos – estrangeiros capturados, sobmetidos à escravidão.

domingo, 26 de agosto de 2012

BRASIL COLÔNIA – Ciclo Mineração Parte II - Revoltas


·         Guerra dos Emboabas – Caráter Nativista (repulsa aos abusos do fisco português)

Estudamos anteriormente que a descoberta das minas de outro mudou os rumos da economia colonial. Milhares de pessoas abandonaram suas regiões para procurar outro, atraindo, inclusive portugueses para a região.

Essa migração no inicio do século XVIII desagradou aos paulistas, que descobriram as minas e aos quais, um ato real de 1694 garantia o direito de posse e exploração das terras. No entretanto, a grande quantidade de pessoas que chegava à região das minas tornou praticamente impossível o controle da posse e exploração das terras.

Já vimos também que a descoberta do ouro levou a um grande desenvolvimento da agricultura e da pecuária. O comercio desses produtos era praticamente monopolizado pelos baianos, que determinavam os preços desses produtos a valores altíssimos. Também se tornou comum o contrabando de metais preciosos, controlados pelos emboabas, apelido dado aos baianos e portugueses ricos.

Essas discrepâncias criaram um clima de hostilidade entre paulistas, baianos e portugueses (forasteiros). Após alguns pequenos atritos e intrigas, estourou um conflito. Os emboabas, liderados pelo fazendeiro Manuel Nunes Viana, conseguiram expulsar os paulistas da região. Nunes Viana foi então empossado como governador das Minas Gerais. Os paulistas retornaram à região e reiniciaram os conflitos. Nessa ocasião, cerca de 300 paulistas foram encurralados e rendidos e, após terem largado as armas, foram dizimados. Esse fato ficou conhecido como “Capão da Traição”. Em abril de 1709, os paulistas, comandados por Amador Bueno da Veiga, retornaram às Minas e, em pouco tempo foram obrigados a se retirar, pois chegaram reforços aos emboabas.

Para resolver o impasse e encerrar o conflito, Portugal criou a capitania de São Paulo e das Minas. Em 1720 foi criada a capitania das Minas Gerais.

Muitos paulistas, no entanto, abandonaram a região e partiram para a busca de ouro em outras localidades, iniciando assim a exploração de ouro em outras regiões.

 

·         Revolta de Vila Rica - Caráter Nativista (repulsa aos abusos do fisco português)

No período da mineração, havia muita sonegação e contrabando de ouro. Consciente, a Coroa restaurou a cobrança do quinto por meio das Casas de Fundição e criou várias delas na região das minas. A Revolta de Felipe dos Santos foi uma revolta contra mais essa cobrança de impostos.

Felipe dos Santos liderou uma multidão e se dirigiu à Vila de Ribeirão do Carmo (atual Mariana) para exigir do governador de Minas o fechamento da Casa de Fundição e a redução dos impostos. O conde prometeu atender às reivindicações e, depois de já acalmados os ânimos, o governador desencadeou a repressão.

 

·         Inconfidência Mineira / Conjuração Mineira – Caráter Emancipacionista (quebra das relações políticas de dependência com a metrópole)

A revolta que apresentou um cunho realmente revolucionário foi esta revolta em Minas Gerais (1789). A Conjuração Mineira foi provocada pela política opressora de Portugal na região mineira e teve a inspiração nas ideias de liberdade que empolgavam a França e no exemplo dos Estados Unidos, que proclamaram sua independência. Os conjurados (elite econômica) queriam fazer da região mineradora uma república independente de Portugal, com o estabelecimento de um governo popular que desse incentivo à industria e promovesse de fato o desenvolvimento.

A conspiração teve como figura principal o alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

A rebelião deveria explodir por ocasião da derrama, que já estava sendo preparada pelo governador da capitania. Acabou sendo deletada por um falso conspirador, um português de nome Joaquim Silvério dos Reis. Os implicados foram presos e submetidos a julgamento que durou três anos. Tiradentes chamou para si toda a responsabilidade. Dona Maria I, rainha de Portugal, condenou ao degredo os conspiradores. Tiradentes, contudo, sofreu a pena máxima: foi enforcado e decapitado. Isso para servir de exemplo àqueles que ainda pretendiam organizar outros movimentos.

BRASIL COLÔNIA – Ciclo Mineração Parte I


Depois de quase 150 anos de procura e de buscas pelos bandeirantes, o ouro foi descoberto no fim do século XVII. A região de Minas Gerais ficou a mais conhecida do país pelas jazidas descobertas em seu território. Para controlar a exploração do ouro, o governo criou a Intendência das Minas, encarregada de aplicar a legislação sobre a mineração.

Os funcionários do governo faziam a divisão das “datas”, que eram trechos de terras doados por meio de sorteio, para a prática da exploração, e cobravam o “QUINTO” (20% do ouro extraído). Para que a cobrança fosse realizada, foram criadas as Casas de Fundição, que transformavam o ouro em barras e selavam. Em 1730, foi criado um novo imposto: a “capitalização” (17 gr de ouro por escravo do minerador).

O governo, desconfiado de sonegação, estipulou que o quinto deveria atingir o mínimo de 100 arrobas ou 1.500 quilos anuais e que incidiria sobre toda região aurífera, e se essa quota não fosse atingida seria decretada a “derrama” (cobrança para toda população com bens pessoais).

Esse tributo provocou protestos da população das Minas, culminando no primeiro e mais importante movimento de emancipação, conhecido como Inconfidência Mineira, organizado para 1789, exatamente quando seria cobrada uma grande “derrama”. Os outros movimentos na região mineradora foram contra a ação tributaria da coroa: Guerra dos Emboabas (1708-1709) e a Revolta de Vila Rica ou de Felipe dos Santos (1720).

Foram também descobertos diamantes no Arraial do Tijuco, atual Diamantina, Minas Gerais em 1729. A falta de técnica e a exploração intensa levaram as jazidas de ouro e diamantes a se esgotarem rapidamente. As consequências da mineração foram:

·           Grande imigração: a região aurífera recebeu um grande contingente de portugueses;

·           Penetração e povoamento do interior: Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso foram os polos de atração. Determinando um alargamento territorial;

·           Deslocamento do centro econômico, político e social do Nordeste para o Centro-leste: a capital do País deixa de ser Salvador e passa a ser o Rio de Janeiro.

domingo, 19 de agosto de 2012

Grécia Antiga - Parte I


Civilização Grega

A Grécia se localiza na Europa, numa região que se chama Península Balcânica, banhada pelo Mar  Mediterrâneo.  O litoral, muito recortado, facilitou o comércio externo.
A civilização grega originou-se de sucessivas invasões e do estabelecimento de quatro povos indo-europeus , que, vindos da Ásia Menor e dispondo de armas de bronze e ferro, dominaram os povos locais. Esses invasores eram os áqueos, jônios, eólios e dórios. Da fusão de invasores com os povos locais, surgiram os gregos.
As comunidades iniciais organizaram-se socialmente em clãs patriarcais, denominados genos. A sociedade unia pessoas e bens, a terra era coletiva e tudo o que o grupo necessitava para sobreviver pertencia a todos.
Mas com o passar do tempo, a população foi aumentando e a propriedade coletiva deu lugar à propriedade privada. A sociedade passou a se constituir em classes sociais, sendo que os proprietários das terras eram ricos que passaram a explorar os pobres e os chefes das comunidades tornaram-se reis com amplos poderes.
Essa situação também mudou: com o passar do tempo, os proprietários de terras derrubaram o poder do rei e dominaram a sociedade. Surgem as cidades-estado (base da organização política).

Cidades-Estado

No período arcaico, as cidades-estado eram completamente independentes umas das outras. Também conhecidas como polis, elas tinham seu próprio governo e, às vezes, eram rivais entre si, unindo-se nos momentos de agressão externa ou de unidade cultural, como na época dos jogos olímpicos, dos quais participavam diversos gregos. Mas, basicamente, o que unia essas cidades gregas eram fatores como a língua, a religião e a proximidade territorial.
A fragmentação do território – devido à presença de montanhas e do mar – influenciou a fragmentação política. Certamente, uma das características básicas da Grécia é que nunca houve um Estado grego unificado, isto é, um único governo para todo o povo.
Dentre as diversas cidades-estado gregas, destacaram-se Esparta e Atenas.

Desenvolvimento do EUA/Guerra de Secessão/Neocolonialismo

A colonização na América do Norte

O sistema de colonização instituído pela Inglaterra em suas colônias americanas era o povoamento, baseado sobretudo na formação de centros urbanos/manufatureiros e na autonomia em relação à metrópole. Entretanto, o sul das colônias seguiu um caminho um pouco diferente, pois lá surgiu uma sociedade aristocrática e escravista, fundamentada em uma economia agroexportadora.

A guerra de Secessão (1861-1865)

Essa guerra civil dói causada pelos antagonismos existentes entre o Norte Industrial e o Sul Agrícola.
A burguesia nortista tinha consciência do grande mercado interno que aumentou muito em virtude da imigração e das altas taxas de natalidade.
Porém, a integração só seria possível com a abolição da escravatura, idéia que não agradava aos proprietários sulistas.
As tarifas protecionistas tinham como objetivo eliminar a concorrência européia, uma vez que os Estados do Sul compravam e vendiam para este mercado.
A expansão para o Oeste aumentou a tensão entre o Norte e o Sul, porque envolvia a questão da representação no Senado e na câmara dos deputados.
O Norte tinha mais Estados, portanto, maior representação no Congresso. A criação de novos Estados no meio-oeste foi disputada entre abolicionistas e os escravocratas.
Nesse ambiente conflitante Abraham Lincoln como candidato às eleições presidenciais de 1860.
A plataforma básica de Lincoln compunha-se de dois pontos:

·         União a todo preço;

·         Definição de tarifas protecionistas.
A Carolina do Sul proclamou a dissolução da União e foi seguida pelos demais Estados Confederados do Sul. A capital dos rebeldes era Richmond e seu presidente, Jefferson Davis.
O Sul desfechou um ataque ao Forte Sumter, o que provocou o início da guerra.
Apesar das vitórias iniciais dos Estados Confederados, a União tinha melhor estrutura rodoviária e ferroviária para transportar armas e suprimentos.
Além disso, suas indústrias produziam tudo que necessitavam.
Por outro lado, o Sul importava armas, remédios e munições que eram pagos com algodão.
O Bloqueio Naval, que o Norte impôs ao Sul, foi fundamental para vencer a Guerra.
No decorrer do conflito, Lincoln aboliu a escravidão. Em 14/04/1865, já com a guerra terminada, o presidente era assassinado por um fanático sulista.
Os Estados sulistas, derrotados, tiveram de aceitar a abolição e o direito de voto aos negros, além de permanecerem ocupados militarmente até 1877.
Esses fatos serviram de pretexto para a formação de sociedades secretas, entre as quais a Ku-Klux-Klan, a fim de perseguir negros.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Visão de uma Brasileira para o "Nosso" Brasil

Imperdível para amantes da língua portuguesa, e claro também para
Professores.
Isso é o que eu chamo de jeito mágico de juntar palavras simples para
formar belas frases.
REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000
PARTICIPANTES

Tema:'Como vencer a pobreza e a desigualdade'
Por Clarice Zeitel Vianna Silva
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ


'PÁTRIA MADRASTA VIL'
Onde já se viu tanto excesso de falta?
Abundância de inexistência...
Exagero de escassez...
Contraditórios?
Então aí está!
O novo nome do nosso país!
Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a
abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de
responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente
sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil', mas eu digo que não
é gentil e, muito menos, mãe.
Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil, está mais para madrasta
vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira.'
Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma
bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me
restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não
iria querer me enganar, iludir.
Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do
problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que
de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela
falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha
voz-nada-ativa.
A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade
e esta, por fim, igualdade.
Uma segue a outra...
Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que
quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam
hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição.
Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar.
E a educação libertadora entra aí.
O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito.
Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade:
nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do
Estado não modificam a estrutura.
As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social
- terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar
nossa culpa)...
Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro
pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar
com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra?
De que serve uma mãe que não afaga?
E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a
um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo.
Cada um por todos.
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas.
Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil?
Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil?
Ser tratado como cidadão ou excluído?
Como gente... Ou como bicho?


Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel Vianna Silva, 26, estudante que
termina Faculdade de Direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil
estudantes universitários. Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um
prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a
desigualdade.' A redação de Clarice intitulada 'Pátria Madrasta Vil', foi
incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A
publicação está disponível no site daBiblioteca Virtual da UNESCO.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

República Velha - Brasil

Estudar o princípio da República Brasileira agora ficou de um jeito mais prazeroso!
Turma Giffoni - Roberto/SP
9º Ano B