domingo, 26 de agosto de 2012

BRASIL COLÔNIA – Ciclo Mineração Parte I


Depois de quase 150 anos de procura e de buscas pelos bandeirantes, o ouro foi descoberto no fim do século XVII. A região de Minas Gerais ficou a mais conhecida do país pelas jazidas descobertas em seu território. Para controlar a exploração do ouro, o governo criou a Intendência das Minas, encarregada de aplicar a legislação sobre a mineração.

Os funcionários do governo faziam a divisão das “datas”, que eram trechos de terras doados por meio de sorteio, para a prática da exploração, e cobravam o “QUINTO” (20% do ouro extraído). Para que a cobrança fosse realizada, foram criadas as Casas de Fundição, que transformavam o ouro em barras e selavam. Em 1730, foi criado um novo imposto: a “capitalização” (17 gr de ouro por escravo do minerador).

O governo, desconfiado de sonegação, estipulou que o quinto deveria atingir o mínimo de 100 arrobas ou 1.500 quilos anuais e que incidiria sobre toda região aurífera, e se essa quota não fosse atingida seria decretada a “derrama” (cobrança para toda população com bens pessoais).

Esse tributo provocou protestos da população das Minas, culminando no primeiro e mais importante movimento de emancipação, conhecido como Inconfidência Mineira, organizado para 1789, exatamente quando seria cobrada uma grande “derrama”. Os outros movimentos na região mineradora foram contra a ação tributaria da coroa: Guerra dos Emboabas (1708-1709) e a Revolta de Vila Rica ou de Felipe dos Santos (1720).

Foram também descobertos diamantes no Arraial do Tijuco, atual Diamantina, Minas Gerais em 1729. A falta de técnica e a exploração intensa levaram as jazidas de ouro e diamantes a se esgotarem rapidamente. As consequências da mineração foram:

·           Grande imigração: a região aurífera recebeu um grande contingente de portugueses;

·           Penetração e povoamento do interior: Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso foram os polos de atração. Determinando um alargamento territorial;

·           Deslocamento do centro econômico, político e social do Nordeste para o Centro-leste: a capital do País deixa de ser Salvador e passa a ser o Rio de Janeiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário